“Toque na Arte: Um Olhar Sobre o Neoconcretismo no Brasil” é um projeto que explora a importância do toque na arte, com foco no movimento neoconcretista brasileiro dos anos 1950 e 1960. O projeto analisa como o toque, como experiência sensorial e interativa, é central na obra de artistas como Hélio Oiticica e Lygia Clark. Através da criação de peças inspiradas nos "Parangolés" de Oiticica e das interações sensoriais propostas por Clark, o projeto visa unir arte e moda de forma inovadora e participativa.
O projeto é motivado pelo desejo de investigar e expandir a interação entre arte e espectador, especialmente através do toque, um sentido frequentemente negligenciado na apreciação artística. Além disso, pretende destacar a importância do neoconcretismo na arte contemporânea e explorar a aplicação desses conceitos na moda. Ao integrar aspectos de inclusão social e sustentabilidade, o projeto busca democratizar o acesso à arte e promover práticas responsáveis na criação de moda.
O projeto é conduzido por Mariana Vieira Miranda Bastos, estudante da Faculdade Santa Marcelina, sob orientação dos professores Profa. Simone Mina e Prof. Wagner Perez Morales Junior. O público-alvo são jovens adultos que residem em grandes centros urbanos e têm interesse em arte contemporânea e moda. Além disso, envolve artistas da Fábrica de Cultura Vila Curuçá, contribuindo para a inclusão social e a conexão com a arte.
A metodologia inclui uma revisão bibliográfica sobre o neoconcretismo e o toque na arte, a criação de Parangolés inspirados em Oiticica com materiais reutilizados, e a realização de performances com esses Parangolés. O projeto também explora o uso de sacolas plásticas recicladas para criar novos tecidos, refletindo a preocupação com a sustentabilidade. A pesquisa será enriquecida por gravações e análises de performances e pelo estudo de formas tridimensionais, resultando em peças de moda que integram arte e ativismo social.