A redução do risco de desastres é uma prioridade na gestão dos centros urbanos no Brasil e no mundo, sendo amparado por normativas nacionais (como a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, Governo Federal 2012) e internacionais (como o Marco de Sendai para a Redução do risco de Desastres, ONU 2015). Tendo em vista a realidade natural e social da cidade de São Paulo, os deslizamentos tem destaque como uma das principais ameaças no territórios e, assim como as inundações, expõem a população vulnerável à uma situação de risco especialmente nos períodos de chuvas de verão. Atualmente, a Prefeitura de São Paulo realiza a gestão dessas áreas através do mapeamento de áreas de risco geológico e realização de intervenções estruturais com o intuito de monitorar e estabilizar esses taludes, respectivamente. Todavia, a maior parte desse monitoramento depende da análise visual de técnicos, responsáveis por acompanhar as centenas de áreas de risco da cidade, além de outras ocorrências emergenciais. Sabendo do amplo emprego de equipamentos para a instrumentação e monitoramento de encostas em rodovias e mineração, buscamos aqui uma alternativa de baixo custo para o monitoramento em tempo real de situações críticas de risco de deslizamento e, aferida a qualidade dos dados obtidos, fomentar a criação de sistemas de alerta específicos para cada caso.
Geólogos Gabriel Santos da Mota (mestre em Geografia) e Ernesto Massayoshi Sumi (mestre e doutor em Geociências), servidores da Assessoria Técnica de Obras e Serviços (ATOS) da Secretaria Municipal de Subprefeituras (SMSUB).
Com base em exemplos consagrados na instrumentação de taludes, como inclinômetros, extensômetros e tiltmetros, objetivamos buscar soluções de baixo custo para o monitoramento de encostas.
Em uma pesquisa preliminar, puderam ser identificados alguns sensores de baixo custo que podem ser úteis para o projeto (listados abaixo). Todavia, por este projeto estar em fase preliminar de pesquisa e desenvolvimento, conto com o trabalho colaborativo entre nós e os técnicos do FAB LAB, cuja experiência com hardware e software é superior à nossa.
- sensores inerciais: acelerômetro e giroscópio
http://www2.decom.ufop.br/imobilis/sensores-inerciais/#:~:text=Sensores%20inerciais%20s%C3%A3o%20todos%20sensores,destacam%20os%20aceler%C3%B4metros%20e%20girosc%C3%B3pios.
- sensores de deformação: strain gauge (extensômetro)
https://br.omega.com/prodinfo/sensores-de-deformacao.html
https://ensus.com.br/extensometria-strain-gauge-o-que-e-quando-utilizar/
- sensores de ruptura
https://www.donadonsdd.com/pt/produtos/sensores-de-ruptura